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Você sabe o que é medicina integrativa? Resumidamente, essa é uma prática que engloba a adoção de diferentes opções de tratamento para um bem estar completo e duradouro do paciente.
O ser humano é um organismo complexo e todos seus sistemas são interligados. Isso pode significar que determinadas reações tenham mais de uma origem.
Assim, nem sempre utilizar um medicamento para curar um sintoma momentâneo é a melhor solução, pois não irá tratar a raiz do problema e outras reações poderão ressurgir mais tarde. Acompanhe a leitura para entender os benefícios dessa prática.
O que é medicina integrativa?
A medicina integrativa busca olhar para cada paciente de forma humanizada e individualizada. Apesar de muitas queixas serem parecidas, nem sempre um paciente responde da mesma forma que o outro a um tratamento.
Você já ouviu alguém falar que prefere tomar um paracetamol à uma dipirona, para dor de cabeça? Isso dá-se justamente pelo fato de que cada organismo é único e poderá reagir de forma diferente à uma substância.
Além disso, o sintoma de dor de cabeça, por exemplo, pode estar relacionado a várias patologias, inclusive algumas mais complexas. Dito isso, é possível enxergar a importância de uma investigação profunda sobre o histórico familiar e genético do paciente, bem como seus hábitos e possíveis traumas (tanto físicos como psicológicos).
Uma simples dor de cabeça pode estar ligada tanto com a falta de um nutriente (nesse caso, um acompanhamento nutricional poderá ajudar) mas também com alguma disfunção psicológica, o que requer a ajuda de um psicoterapeuta.
É comum que a medicina tradicional acabe se mesclando com outras áreas da saúde nesse processo. Especialmente com a nutrição, a psicologia e a fitoterapia, como mencionado acima, já que o paciente é visto como um ser biopsicossocial e necessita de diversas estratégias para cuidar da sua saúde física e mental.

Princípios da Medicina Integrativa
Há dois pontos fundamentais que guiam os profissionais que atuam com Medicina Integrativa. Primeiramente, é o reconhecimento de que muitos quadros clínicos não se limitam a apenas um tipo de tratamento e às vezes também não são passíveis de cura com a medicina tradicional, tornando o multidisciplinar uma necessidade.
Já o segundo, pauta-se na ideia de que o paciente precisa participar ativamente do seu tratamento. Assim, o médico e o paciente irão decidir de forma conjunta quais práticas apresentam maior coerência às suas queixas, estilo de vida e também seus valores pessoais.
É interessante observar que os princípios da medicina integrativa surgiram com a criação do Programa de Medicina Tradicional, da Organização Mundial da Saúde (OMS), e ganharam força no Brasil a partir da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os princípios viabilizam que o paciente se sinta incluído e respeitado. Isso aumenta as chances dele realmente se comprometer ao tratamento e obter melhores resultados. Alguns deles são:
- O médico responsável conta com apoio de outras áreas médicas para o melhor desempenho do processo;
- Soluções médicas não cirúrgicas são recomendadas antes de intervenções no corpo do paciente;
- Todos os agentes de saúde incluídos no acompanhamento podem administrar as prescrições de remédios; e
- A pesquisa e o autodescobrimento da própria saúde por parte do paciente são fundamentais para o sucesso do tratamento.
Existe ainda uma portaria do Ministério da Saúde (nº 702) que, desde março de 2018, define quais as técnicas integrativas poderão fazer parte do SUS. Entre elas estão:
- Aromaterapia
- Constelação familiar
- Cromoterapia
- Hipnoterapia

Benefícios e a importância da medicina integrativa para o paciente
Ao escolher um médico que pratica a medicina integrativa, você pode buscar ajuda para um sintoma e obter o benefício de sair de lá tratando todo o seu corpo.
De modo geral, para responder definir o que é Medicina Integrativa, podemos dizer que ela aborda o processo do cuidado para além das questões orgânicas e fisiológicas. Ela vai além, vai em busca de unir sua mente, corpo e espírito.
Muitas vezes queixas de dor podem não sinalizar uma patologia grave, mas sim serem reflexos de ansiedade e a falta de sono, por exemplo. O olhar atencioso de um médico que trabalhe de forma integrada poderá resultar em mais tranquilidade e qualidade de vida para o paciente.
Algumas das soluções específicas que a Medicina Integrativa pode incluir são: dietas alimentares, técnicas de gestão de estresse, meditação, práticas terapêuticas com auxílio profissional e até métodos físicos, como alongamentos, yoga, exercícios respiratórios e massagens leves.
Todas essas possibilidades de parcerias poderão implicar em uma recuperação mais rápida e resultados mais garantidos. Além disso, o paciente não fica refém de substâncias sintéticas. A medicina integrativa tende a priorizar as intervenções naturais, o que gera uma menor dependência a medicamentos.
Inclusive, o tratamento à base de Cannabis tem sido uma alternativa natural muito utilizada como complemento nessas terapias. Esses produtos, por ser derivado de uma planta, apresenta muito pouco ou quase nenhum efeito colateral quando comparado a medicamentos sintéticos.
Existe ainda uma abordagem semelhante à medicina integrativa: a Medicina do Estilo de Vida. Seu foco é a busca por um estilo de vida com hábitos saudáveis, e tem seis pilares como fundamentos: alimentação saudável, atividade física, sono aperfeiçoado, saúde, mais concentração e melhor aparência.
A partir do momento em que você reconhece os principais pilares da qualidade de vida é possível adotar medidas práticas para que sua vida possa sempre estar em harmonia. Uma vida mais saudável acarreta em menos doenças e pode se relacionar com as práticas adotadas pela medicina integrativa.
Ademais, a medicina integrativa pode resultar até em uma otimização de custos. Como as técnicas integrativas contam com vários agentes de saúde, a chance de erros torna-se reduzida. Assim, não precisa comprar várias medicações ou pagar por inúmeras consultas até encontrar aquilo que realmente funciona.

Saiba quando procurar a medicina integrativa
Cada paciente possui uma história de vida única bem como a sua forma de enfrentamento de sentimentos e isso requer um olhar individualizado, sistêmico e holístico. Cada ser possui traumas infantis e crenças limitantes próprias que podem condicionar as patologias bem como seu tratamento.
Sabe-se que a Medicina Integrativa é uma prática muito presente nos consultórios de psiquiatria, uma vez que a saúde mental, por si só, geralmente ocasiona sintomas tanto fisiológicos quanto comportamentais.
Por isso, requer tratamentos compatíveis, que tratem todos os sintomas e que acolham o paciente, reconheçam suas singularidades e incentivem cuidados alternativos e complementares.
Dessa forma, pacientes que apresentem sintomas como ansiedade, depressão, fobias ou compulsões devem buscar profissionais que trabalhem de forma integrada. Somente o médico, realizando uma anamnese completa, poderá indicar a terapia mais adequada para a sua situação.
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Referências
Política Nacional de Medicina Natural e Práticas Complementares (PMNPC). Ministério da Saúde. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ResumoExecutivoMedNatPratCompl1402052.pdf>
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Disponível em:<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnpic.pdf>
Medicina integrativa: o que é e quais são seus princípios. Summit Saúde Estadão. Disponível em: <https://summitsaude.estadao.com.br/saude-humanizada/medicina-integrativa-o-que-e-e-quais-sao-seus-principios/>
Medicina Integrativa. Voitto. Disponível em: <https://www.voitto.com.br/blog/artigo/medicina-integrativa>
O que é Medicina Integrativa e quais suas vantagens. Doctoralia. Disponível em: <https://pro.doctoralia.com.br/blog/clinicas/o-que-e-medicina-integrativa-e-quais-suas-vantagens>